Reino Unido / EUA: O VICE-PRESIDENTE AMERICANO ACREDITA NUM “EXCELENTE” ACORDO COMERCIAL ENTRE OS DOIS ESTADOS

Os Estados Unidos estão a “trabalhar arduamente” para garantir um novo acordo comercial com o governo do primeiro-ministro, Keir Starmer, afirmou o vice-presidente, JD Vance. Os seus comentários surgem no meio da perturbação económica global, depois do lançamento das novas tarifas, impostas por Donald Trump, terem feito cair os mercados mundiais no início deste mês.

Numa entrevista à ‘UnHerd’, Vance disse que a administração Trump está otimista quanto a alcançar um “bom acordo” com o Reino Unido, sublinhando os fortes laços históricos e culturais entre as duas nações. “O Presidente gosta, realmente, do Reino Unido”, disse Vance, “ele gostava muito da Rainha, admira e gosta do Rei e existe uma relação muito importante.”

O vice-presidente americano referiu-se à parceria EUA-Reino Unido como pessoal e estratégica, baseadas nas ligações comerciais anteriores de Trump na Grã-Bretanha e a “afinidade cultural” entre os dois países. “A América é um país anglo-saxónico”, disse, acrescentando que a relação comercial equilibrada dá ao Reino Unido uma posição mais forte nas negociações do que a de outras nações europeias.

Embora a Grã-Bretanha tenha evitado o pior cenário das tarifas, neste último anúncio de Trump, as importações do Reino Unido para os EUA enfrentam agora uma taxa geral de 10%, e sectores-chave como o aço e o automóvel foram atingidos com tarifas de 25%. Mas o governo britânico está a fazer lobby para obter isenções, argumentando que as taxas actuais podem causar danos económicos significativos.

A Chanceler Rachel Reeves deverá deslocar-se a Washington no final deste mês para as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional, onde tenciona insistir num acordo económico mais justo. No início desta semana, alertou para o facto de as novas tarifas americanas terem um impacto “profundo”, ao mesmo tempo que defendeu um “sistema económico e comercial global mais equilibrado” que apoie os benefícios do comércio livre.

Vance afirmou que a “relação recíproca” da Grã-Bretanha com os EUA se distingue de países como a Alemanha, que, segundo ele, são menos abertos às exportações americanas, apesar da sua forte dependência do mercado dos EUA.

As discussões comerciais entre o Reino Unido e os EUA começaram por se centralizar na cooperação em tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, mas desde então alargaram-se para incluir alimentos e outros bens. As conversações continuam em curso.

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