Portugal/Madeira: ALBUQUERQUE SERÁ CABEÇA DE LISTA DO PSD EM CASO DE ELEIÇÕES ANTECIPADAS
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, reafirmou hoje que o PSD/Madeira está preparado para ir a eleições se a oposição “deitar o governo abaixo” e garantiu que será novamente o cabeça de lista do partido.
“Nós não podemos transformar as questões simples em questões complexas. Nós temos um governo que foi eleito na região há menos de sete meses [26 de maio], esse governo foi eleito pelo povo madeirense”, declarou, acrescentando: “se a oposição, por motivos fúteis, quer deitar o governo abaixo, só há uma solução e essa solução, nós assumimos integralmente, é devolver a voz ao povo madeirense e irmos outra vez a votos”.
Miguel Albuquerque, que falava à margem de uma visita a uma empresa, no Funchal, reagiu assim à recusa dos dois maiores partidos da oposição – PS e JPP – em negociarem alterações à proposta de Orçamento da região para 2025 apresentada pelo executivo social-democrata minoritário.
O repto foi lançado na segunda-feira pelo secretário regional da Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, após uma reunião da conferência dos partidos com assento no parlamento insular, e, de acordo com informação divulgada hoje pelo DN/Madeira, está previsto um encontro na quarta-feira com Chega, CDS-PP, PAN e IL.
“Estamos a fazer um esforço, com toda a humildade, no sentido de auscultar os partidos no quadro parlamentar para assegurar a aprovação do Orçamento”, explicou Miguel Albuquerque, sublinhando que se o documento não for aprovado, “toda a gente, sem exceção, será prejudicada na Madeira”.
Como exemplos positivos da proposta de Orçamento, o chefe do executivo salientou a inscrição de 56 milhões de euros para atualizações salariais na função pública, o aumento do valor do subsídio de insularidade, a redução fiscal de 30% no 6.º escalão e de 15% no 7.º escalão do IRS, que implica uma devolução de 19 milhões de euros, e o lançamento da terceira fase da obra do novo hospital.
“Ninguém ganha em bloquear uma situação que diz respeito à vida de toda a gente”, afirmou, reforçando que o PSD tem “disponibilidade para o diálogo”.