Covid-19: ASTRAZENECA RETIRA DO MERCADO A SUA VACINA POR RAZÕES COMERCIAIS
Depois de mais de três mil milhões de doses, a vacina Oxford-AstraZeneca contra a Covid está a ser retirada do mercado. A AstraZeneca afirmou estar “incrivelmente orgulhosa” da vacina, mas teve de tomar uma decisão comercial. Segundo a mesma fabricante de produtos de saúde, o surgimento de novas variantes do coronavírus significa que a procura passou para as vacinas atualizadas mais recentes.
Calcula-se que a sua vacina tenha salvo milhões de vidas durante a pandemia, mas também causou coágulos sanguíneos raros e por vezes fatais. Na corrida para tirar o mundo do confinamento pandémico, a vacina contra a Covid foi desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford em tempo recorde. Um processo que normalmente demora 10 anos foi acelerado para cerca de 10 meses.
A gigante farmacêutica britânica Astrazeneca retirou então do mercado, por razões comerciais, a sua vacina contra a covid-19 Vaxzevria, uma das primeiras a ser comercializadas durante a pandemia.
“Dado que foram desenvolvidas múltiplas vacinas contra a Covid-19, há um excedente de vacinas atualizadas” face às diferentes variantes do vírus, “o que resultou numa diminuição da procura”, justificou a farmacêutica, em comunicado.
O anúncio de que a vacina deixaria de ser comercializada tinha sido feito no início da semana. No final de abril, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) recomendou a atualização das vacinas contra a covid-19 para a campanha de vacinação de 2024/2025, para proteger contra a nova variante do vírus SARS-CoV-2, a JN.1.
“A JN.1 difere da família XBB visada pelas anteriores vacinas atualizadas e ultrapassou agora as variantes XBB para se tornar a variante de maior circulação em todo o mundo”, salienta.
As empresas que estão atualmente a desenvolver novas vacinas contra a covid-19 que não visam a JN.1 foram também incentivadas a contactar a EMA para discutir estratégias para alterar a composição das suas vacinas.