Estão marcadas para o próximo dia 21 de março as eleições diretas na Madeira, anunciou esta segunda-feira Miguel Albuquerque, o líder social-democrata, adiantando que “quase de certeza” se irá recandidatar ao cargo depois da sua demissão por motivos de corrupção.

“Face às atuais circunstâncias e à crise política que entretanto foi despoletada, a comissão política entende que é necessário fazer um reforço da legitimidade e, por isso, foi deliberado nesta comissão política que o PSD/Madeira deve convocar um congresso ordinário de imediato, antecedido de eleições, cumprindo os prazos definidos nos estatutos”, afirmou Miguel Albuquerque.

Depois de ter sido constituído arguido por suspeitas de corrupção, a Madeira entrou em crise política com a demissão de Miguel Albuquerque, levando à queda do Governo da coligação PSD/CDS-PP, que contava ainda com o apoio parlamentar do PAN.

Ireneu Barreto, representante da República, anunciou no passado sábado que irá manter o Governo da Madeira em gestão até que Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, decida se irá ou não dissolver a Assembleia Legislativa – o que só poderá ocorrer depois do dia 24 de março, seis meses depois das últimas eleições legislativas regionais.

Miguel Albuquerque afirmou: “acho que tenho todas as condições políticas, porque nunca fui comprado por ninguém, tenho 30 anos de vida pública e nunca fui corrompido por ninguém, tenho a minha consciência tranquila e estou preparado para me defender em todas as instâncias”, acrescentando que a sua capacidade política se “mantém imaculado, bem como os direitos de cidadão enquanto político”.