REPRESENTARÃO OS FUNDAMENTALISTAS O ISLÃO?
“O Ocidente tem uma impressão negativa do fundamentalismo porque a única vez que ouvem sobre isso é pelos media durante um ataque” – John Esposito, Universidade de Georgetown.
Os fundamentalistas islâmicos não se importam e até sentem prazer em dar as suas vidas para defender as crenças islâmicas, porque veem o Alcorão de uma forma diferente do resto dos Muçulmanos, de uma forma radical, querendo proteger os Muçulmanos de países como os Estados Unidos da América ou outras nações Ocidentais. Para eles, o Alcorão contém a verdade absoluta.
Foi especialmente no final da década de 1960 que o fundamentalismo islâmico se tornou mais visível para todos, quando alguns atos de destruição chamaram à atenção desses radicais – especialmente sequestradores, bombardeiros e assassinos. É importante entender o que leva algumas pessoas a matar e usar a religião como motivo.
Muitos países, especialmente no Médio Oriente/Ásia, praticam o Islão: Síria, Líbano, Jordânia, Iraque, Arábia Saudita, Irão, Afeganistão, Paquistão, Iémen, Omã, Indonésia, Índia, Kuwait, Malásia e Bangladesh. Depois, temos o Egito em África e a Turquia na Europa/Ásia – o que significa mais de 1,4 bilhão de pessoas ou 23% da população mundial.
Segundo o autor, outros países têm menos população que pratica o Islão, como os Estados Unidos da América, a China e a Rússia.
Historicamente, o Islão começou no Médio Oriente, e é por isso que muitas pessoas o praticam naquela região – acreditam que o Profeta Muhammad recebeu pela primeira vez o mundo de Deus no Médio Oriente e por isso mesmo, uma das viagens que os Muçulmanos devem fazer pelo menos uma vez na vida é ir a Meca, na Arábia Saudita, sendo um dos cinco pilares do Islão:
1. Shahada (Fé) – juram fé dizendo “Não há deus exceto Deus, e Muhammad é o mensageiro”.
2. Salat (Oração) – necessidade de orar cinco vezes ao dia: amanhecer, meio-dia, meio da tarde, pôr do sol e anoitecer.
3. Zakat (Crescimento e Purificação) – são chamados para purificar ou limpar os seus pertences e 2,5% da renda de um Muçulmano é doada para pessoas necessitadas.
4. Sawn (The Fast) – Os Muçulmanos jejuam durante o Ramadão, o 9.º mês do calendário islâmico, não comendo nem bebendo entre o nascer e o pôr do sol. Exceções para idosos, doentes e mulheres grávidas.
5. Hajj (peregrinação) – a grande viagem a Meca. A cada 12 meses do calendário islâmico.
Após a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha controlou a Palestina e queria dividi-la em dois: metade para os Judeus e metade para os Muçulmanos. Os Estados Unidos da América e a Rússia acabaram por votar a favor, por isso as Nações Unidas aceitaram o plano. Começaram, então, os sentimentos negativos entre os países Ocidentais.
Infelizmente, os Judeus tornaram-se uma nação independente – Israel. Os Árabes ficaram irritados e iniciaram um plano para atacar Israel com o Egito, Síria, Iraque, Líbano, Jordânia e Arábia Saudita. Israel venceu, tendo o apoio do Ocidente, começando, portanto, o clima de tensões entre o Ocidente e o Islão.
A primeira ameaça global do fundamentalismo islâmico radical aconteceu em 1968, quando membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) sequestraram um avião.
Depois disso, muitos mais vieram, e a escalada do fundamentalismo estava apenas no início.
Todos os anos há ataques terroristas, ataques à bomba ou aviões que são sequestrados.
O fundamentalismo islâmico ganhou maior visibilidade em 1979, quando empresas iranianas começaram a exportar petróleo, principalmente para os Estados Unidos da América.
Não apenas o Irão, mas a Arábia Saudita e o Kuwait também começaram a cooperar com o Ocidente vendendo petróleo. E mais, os Estados Unidos da América ajudaram a Arábia Saudita, a Turquia e o Paquistão a lutar contra a Al-Qaeda.
Hoje em dia existe muita cooperação, mas infelizmente ainda existem muitas diferenças e pensamentos que os separam de uma paz ou de uma cooperação total.
Hoje em dia é normal ler e ouvir que os ataques são feitos em nome da jihad – que significa “luta no caminho de Deus” – e existem dois tipos: o maior (luta que cada pessoa tem em si mesma para fazer o que é certo) e o menor (para proteger o Islão). Este tipo de Muçulmanos consideram o maior e o menor o 6.º e o 7.º pilar do Islão.
Na minha opinião, nem todo o Muçulmano é fundamentalista.
Cada religião tem fundamentalistas, e o Islão não é diferente nesse aspeto, sendo que os fundamentalistas não toleram outras religiões, ideologias, visões ou perspetivas. Eles seguem um líder específico, então não acreditam em nenhum outro líder, especialmente em aspetos políticos e é por isso que muitos deles lutam contra os seus próprios governos. Eles temem que o Ocidente possa influenciá-los e que o Islão mude e se torne uma religião enfraquecida.