MUNDO: PM BRITÂNICO FALA COM PUTIN E APELA PARA A “REDUÇÃODE TENSÕES” NA UCRANIA E MOSCOVO ACUSA A NATO DE AMEAÇAR A RÚSSIA

O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson, na segunda-feira, que membros da aliança militar das ações Unidas estão ameaçando a Rússia ao expandir as suas atividades na Ucrânia.

A inteligência dos EUA estima que a Rússia poderia planejar um ataque em várias frentes à vizinha Ucrânia, já no próximo ano, envolvendo até 175.000 soldados.

O Kremlin nega planos de ataque e diz que o Ocidente está dominado pela russofobia. Moscovo diz que a expansão das ações Unidas ameaça a Rússia e violou as garantias que lhe foram dadas quando a União Soviética entrou em colapso em 1991.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apelou então ao presidente russo, Vladimir Putin, para “reduzir as tensões” na Ucrânia, alertando-o de que uma intervenção militar constituiria um “erro estratégico” com consequências “significativas”.

Num telefonema, Boris Johnson “expressou a profunda preocupação do Reino Unido com o fortalecimento das forças russas na fronteira com a Ucrânia e reiterou a importância de se trabalhar através dos canais diplomáticos para reduzir as tensões”, revelou Downing Street num comunicado.

“O primeiro-ministro sublinhou o compromisso do Reino Unido com a integridade e soberania da Ucrânia e advertiu que qualquer ação de desestabilização constituiria um erro estratégico que teria consequências significativas”, acrescentou a mesma fonte.

Contactos entre os líderes britânico e russo têm sido raros nos últimos anos, devido às tensões entre os dois países, agravadas em 2018 pelo envenenamento em solo britânico do ex-agente russo Sergei Skripal com a substância neurotóxica Novichok.

Washington, países europeus e Kiev acusam Moscovo há várias semanas de preparativos para invadir a Ucrânia, o que o Kremlin nega.

No domingo, o G7 (grupo dos países mais ricos do mundo) emitiu uma advertência à Rússia, ao referir que sofrerá “enormes consequências e um elevado preço” no caso de uma intervenção militar na Ucrânia.

Numa declaração conjunta após a reunião que mantiveram este fim de semana em Liverpool, norte de Inglaterra, os chefes da diplomacia do G7 asseguraram que estão unidos na sua condenação da concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia e pediram uma imediata redução das tensões na região.

A ameaça de sanções sem precedentes foi formulada nos últimos dias por Washington e, em particular, pelo presidente Joe Biden, que conversou também por telefone com Vladimir Putin.

exclusive-rating
Go to TOP
Translate »