Liga Europa: Benfica perdulário e Leipzi eficaz ganha 2-1 (com declarações)

O Benfica iniciou ontem a Liga dos Campeões de futebol da pior forma, com uma derrota por 2-1, em casa, perante um Leipzig que foi muito eficaz e saiu do Estádio da Luz na liderança do Grupo G.

O avançado Timo Werner, que marcou aos 69 e 78 minutos, deixou o Leipzig em situação confortável, mas os alemães ainda sofreram com o golo apontado por Haris Seferovic, aos 84 minutos, que acabou por não ter sequência.

No grupo G da Liga dos Campeões, o Leipzig começa na dianteira, com três pontos, enquanto o campeão português se mantém a zero, mas a beneficiar do empate entre Lyon e Zenit, por 1-1, no outro jogo do grupo.

Bruno Lage, com a colocação no ‘onze’ inicial de Tomás Tavares, Franco Cervi e Jota, em detrimento de André Almeida, Rafa e Seferovic, procurou surpreender a formação de Julian Nagelsmann na estrutura tática e construção de jogo, mas sem efeitos concretos.

Emil Forsberg começou o encontro a introduzir a bola dentro da baliza de Vlachodimos, aos sete minutos, mas o lance acabou por ser anulado por posição irregular de Timo Werner, que assistiu o médio para a finalização. O avançado alemão voltou a aparecer aos 26 minutos do encontro, mas Vlachodimos mostrou-se atento e afastou o remate para longe.

Perto do intervalo, foi tempo de o Benfica procurar a baliza de Gulácsi, num livre cobrado por Pizzi, em que Raúl de Tomás cabeceou para defesa apertada do húngaro.

No início do segundo período, Vlachodimos voltou a mostrar-se atento e desfez o perigo após remate de Werner, seguindo-se nova intervenção do guarda-redes grego na linha, a impedir uma oportunidade de Yussuf Poulsen.

Aos 51 minutos, Raúl De Tomás progrediu no terreno, mas rematou ao lado da baliza de Gulácsi. Dez minutos depois, após recuperação de Franco Cervi, o espanhol assistiu Pizzi, mas o médio português atirou à figura do guarda-redes húngaro.

Com Bruno Lage suspenso e a assistir à partida na bancada do Estádio da Luz, o Benfica procurou a vantagem, mas foi o Leipzig que acabou por desfazer o nulo, graças a Timo Werner, aos 69 minutos, que resgatou uma bola perdida à entrada da área e atirou para o primeiro golo do encontro.

A 20 minutos do apito final, Grimaldo, de livre direto, atirou para defesa de Gulácsi, mas este esteve atento e defendeu o lance de bola parada. Poucos minutos depois, Taarabt entregou a Cervi, que teve nos pés a grande ocasião da partida, mas o argentino, apenas com Gulácsi pela frente, atirou à figura do húngaro.

Aos 78 minutos, o Leipzig ampliou o marcador, novamente por Werner, que aproveitou a desmarcação de Sabitzer pelo corredor direito para colocar a formação alemã em vantagem confortável na partida. O assistente ainda assinalou fora de jogo, mas o videoárbitro desfez dúvidas e validou a posição do avançado.

Contudo, o Benfica não desistiu e ainda reduziu, por intermédio de Seferovic, aos 84 minutos, após assistência de Rafa, que ocupou as costas da defesa alemã, num passe do estreante Tomás Tavares, numa finalização de primeira sem hipóteses deu a Gulácsi.

O Benfica, num último esforço para alcançar a igualdade, ameaçou rapidamente o alvo, mas Rafa, após passe de Seferovic, atirou ao lado, o que impediu os ‘encarnados’ de conquistar o primeiro ponto na fase de grupos da Liga dos Campeões.

No final do jogo, Bruno Lage disse ter sido “um jogo equilibrado, principalmente na primeira parte. Faltou concretizar as oportunidades que tivemos. O resultado justo era o empate, em função das oportunidades que criámos. Estávamos preparados para os diferentes sistemas do adversário. O objetivo na primeira parte seria uma maior pressão à esquerda, com maior agressividade defensiva, devido aos movimentos em diagonais do avançado. No início da segunda parte, o adversário começou a construir com uma linha mais baixa e respondemos com o David Tavares, para que pressionasse mais os médios e com o Fejsa a pressionar mais entre linhas. Não tivemos tempo suficiente, tivemos de avançar o ponta de lança e subir as linhas. Criámos, não conseguimos, o adversário marcou e estão de parabéns.

[Sobre a titularidade de Tomás Tavares] O André Almeida está a fazer a sua pré-época. Ele dá-nos experiência e com duas semanas de treino fez o jogo com o Sporting de Braga. Não conseguiu recuperar a tempo para aqui e o Tomás Tavares é lançado. Fez uma exibição à altura. A situação do Cervi também é essa. Temos de ver quem está disponível e entendemos escolhê-lo para este jogo.

[Sobre as opções no meio-campo] Colocar Fejsa e Samaris no meio-campo era como colocar dois galos no mesmo poleiro. Pensámos em Samaris e David Tavares, mas como veio de uma lesão, é preferível darmos algum tempo para voltar à competição de forma mais tranquila. Optámos por ter Jota e ter espaço entre linhas e bolas nas costas para aproveitar. Cada jogador tem características muito próprias. O Florentino é o mais parecido com Fejsa, Gabriel dá-nos construção, transição defensiva e calma no jogo, o Adel dá-nos isso de maneira diferente. Não é melhor nem pior.

O grupo é muito competitivo. Preocupa-me não termos conquistado pontos, pois queremos fazer uma prestação digna do nome do Benfica na Europa. É nossa obrigação vencer jogos”.

No entanto, segundo a opinião do treinador do Leipzig, Julian Nagelsmann, “o Benfica teve um bom jogo, especialmente na primeira parte. Houve dois ou três momentos em que tivemos mais sorte do que o Benfica, mas não nos podemos desculpar por isso. Estamos contentes por ter vindo buscar os três pontos, mas vimos que há trabalho a fazer. Temos de lutar contra o Benfica no grupo, mas também contra as outras equipas. Favoritismo? A verdade é que não podemos dizer que hoje fomos realmente favoritos, podia ter ficado 3-3 ou 2-2.

Não tivemos passes muito longos, mas na segunda parte tivemos mais controlo e também correu melhor o nosso jogo entre linhas. Controlámos melhor a bola, fizemos dois golos e tivemos ainda outras oportunidades para marcar.

[Sobre o interesse do Benfica em Goulacsi] Ele é sempre um jogador motivado e hoje fez um excelente jogo. Defendeu uma situação muito complicada num momento importante do jogo. Não é só azar do ponta de lança que não marca. Ficámos muito satisfeitos com o desempenho dele. Há mérito do Goulacsi, mas também do Benfica, que jogou muito bem”.

Mario Rufino

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