Boris Johnson admite um “colapso” depois do Brexit
Boris Johnson, o ministro dos negócios estrangeiros britânico e o ‘pai’ do Brexit, afirma que a saída do Grã-Bretanha da União Europeia é irreversível, mas pode trazer acoplada um “colapso”, em declarações proferidas à porta fechada, num jantar com 20 conservadores e que foi gravada anonimamente, mais tarde divulgada nos órgãos sociais, pela Buzzfeed.
A gravação diz que “vai haver um colapso. Não quero que entrem em pânico durante o colapso. Para bem de todos, sem pânico. Tudo vai ficar bem no final.”
No mesmo encontro, Boris diz que é preciso ter coragem e que Theresa May vai agora endurecer o discurso com Bruxelas. Aponta ainda o dedo ao ministro das Finanças como o maior defensor da permanência na União Europeia no Governo. Acrescentou que, possivelmente, a estratégia de Donald Trump, “America First”, será a mais acertada.
E o ministro britânico não está só, porque mais de metade dos deputados no Parlamento britânico temem o impacto do Brexit na população e nas empresas.
Do outro lado da barricada, o porta-voz do Brexit do principal partido de oposição do Reino Unido admitiu que seus colegas estão também divididos e que metade do partido teme as repercussões da saída do Reino Unido da União Europeia, depois dos alertas de instituições britânicas e empresas europeias.
Keir Starmer, do Partido Trabalhista, disse que “há posições muito divididas” entre os deputados trabalhistas e muitos defendem a permanência no mercado único da UE após o Brexit (saída do Reino Unido da UE).
Em Bruxelas, o bloco está frustrado com o que ouve, vê e com a falta de propostas firmes do Reino Unido sobre as relações futuras, e o tempo vai-se esgotando. O Reino Unido deve sair da UE em 29 de Março de 2019.
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