Mundo/ Gerra na Ucrânia: UCRÂNIA TENTA COLAR A EUROPA ÀS SUA INTENÇÕES CONTRA ESTRATÉGIA DE TRUMP NO ACORDO DE PAZ – criando a confusão e empurrando o Reino Unido para Washington

O actual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o seu adjunto, J.D. Vance, pela crítica aberta à Europa na Conferência de Segurança de Munique. O discurso de Vance, que visava as políticas europeias de imigração e as restrições à liberdade de expressão, suscitou reacções fortes por parte dos líderes da UE e provocou uma cimeira de emergência entre as nações europeias em Paris.

Trump descreveu as observações de Vance como “brilhantes”, sublinhando o seu ponto de vista sobre a alegada erosão da liberdade de expressão na Europa. “Achei que ele fez um discurso muito bom”, disse Trump, desvalorizando a reação europeia.

A polémica surge quando a administração americana, liderada pelo enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, Keith Kellogg, sugeriu que os líderes europeus seriam excluídos das principais negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia. Kellogg, falando na conferência de Munique, desafia a Europa a contribuir de forma mais concreta para o debate, como aumentar as despesas na defesa e apresentar propostas viáveis, em vez de se concentrar na questão de saber se seriam incluídos na mesa de negociações.

Em resposta, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, confirmou que os líderes europeus se reuniriam em Paris para discutir a sua estratégia. Espera-se que a reunião inclua a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Polónia, a Itália, a Espanha e a Dinamarca, com a presença do Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte.

As tensões aumentaram depois da administração de Trump ter minimizado as perspetivas de adesão da Ucrânia à NATO e ter dado a entender que um acordo de paz poderia envolver concessões territoriais à Rússia. O recente telefonema de Trump com o Presidente russo Vladimir Putin alimentou ainda mais as preocupações na Europa. O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky criticou quaisquer potenciais acordos feitos sem o envolvimento da Ucrânia e acrescentou que  “a Ucrânia nunca aceitará acordos feitos nas nossas costas”.

Na Conferência de Segurança de Munique, Zelensky sugeriu que a Europa poderá precisar do seu próprio exército, se não puder contar com os EUA para garantir a segurança do continente. “Chegou o momento de criar as forças armadas da Europa”, disse Zelensky, sublinhando o crescente mal-estar europeu face à liderança dos EUA.

Os líderes europeus estão agora a esforçar-se por unificar a sua posição enquanto navegam na crescente tensão transatlântica. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deverá desempenhar um papel fundamental, participando na cimeira de emergência de segunda-feira antes de se deslocar a Washington no final de fevereiro. Starmer comprometeu-se a servir de ponte entre os Estados Unidos e a Europa, sublinhando a importância de uma aliança coesa da NATO. “Não podemos permitir que as divisões na aliança nos distraiam dos inimigos externos que enfrentamos”, afirmou.

Entretanto, Kellogg esclareceu que a Europa não teria uma palavra decisiva nas negociações, sendo que as principais discussões ocorreriam entre a Rússia, a Ucrânia e Trump como mediador. No entanto, sublinhou que a Europa teria a oportunidade de dar o seu contributo.

Os comentários de J.D. Vance sobre os desafios da Europa – como a imigração ilegal e as restrições à liberdade de expressão – amplificaram as tensões transatlânticas. Acusou os políticos europeus de suprimirem a dissidência e de restringirem as liberdades fundamentais. Citando exemplos específicos, como a detenção de um homem britânico por rezar à porta de uma clínica de aborto, Vance acusou a Europa de minar os direitos fundamentais.

Trump também intensificou os apelos para que a Europa aumente as suas despesas com a defesa. Ecoando frustrações de longa data, insistiu que “jovens estão a ser mortos a níveis que ninguém viu desde a Segunda Guerra Mundial. A guerra na Ucrânia tem de acabar”.

Enquanto a Europa se prepara para uma possível mudança na política externa dos EUA, os líderes estão cada vez mais conscientes da necessidade urgente de reforçar as suas próprias capacidades de defesa e estratégias diplomáticas.

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