Um golo de calcanhar na própria baliza de Rui Silva, um penálti e a expulsão de Hjulmand contribuíram hoje para o empate 2-2 do Sporting frente ao Arouca, em jogo da 22.ª jornada da I Liga de futebol.

Logo aos oito minutos, o guarda-redes Rui Silva colocou o Arouca a ganhar num lance infeliz, Harder, aos 17, igualou, mas Henrique Araújo, aos 45+5, de grande penalidade, levou os ‘lobos’ a vencer para o intervalo. Trincão, aos 74, ‘selou’ o empate.

Após esta igualdade, o líder do campeonato chegou aos 52 pontos, mais dois do que o Benfica, segundo classificado e que hoje foi vencer aos Açores o Santa Clara (1-0). O Arouca é, para já, 12.º, com 24 pontos.

Com o regresso do goleador Gyökeres à titularidade, depois de dois jogos como suplente, era esperado que o Sporting entrasse demolidor, mas as expectativas baixaram, depois de o Arouca colocar-se cedo na liderança do marcador.

Aos oito minutos, um mau atraso de St. Juste fez a bola sair demasiado longa, o guarda-redes Rui Silva procurou dominá-la com o calcanhar, mas acabou por a introduzir na própria baliza.

Como se este azar não bastasse, nos quatro minutos seguintes, o treinador Rui Borges foi forçado a fazer duas alterações fruto das lesões de St. Juste e de Daniel Bragança, que foram rendidos por Debast e Harder.

Acabaria por ser o atacante dinamarquês a restabelecer a igualdade, aos 17 minutos, após assistência de Gyökeres, na sequência de uma perda de bola de Henrique Araújo junto à área do Arouca.

Os campeões nacionais tomaram conta do jogo, dispuseram de várias oportunidades para se colocarem a vencer, mas acabou por ser o Arouca a chegar ao intervalo na frente, com o golo de Henrique Araújo de grande penalidade, aos 45+5 minutos, em lance analisado pelo VAR, que castigou uma falta de Hjulmand sobre o avançado arouquense.

Determinado em mudar o rumo dos acontecimentos, o Sporting empurrou ‘os lobos’ para a zona defensiva, mas a floresta de jogadores de amarelo e azul inviabilizava o sucesso ‘leonino’ e tudo se complicou para a formação de Alvalade quando, aos 62 minutos, Hjulmand viu o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho por parte do árbitro lisboeta Miguel Nogueira, depois de agarrar um adversário.

A jogar com mais um elemento, o Arouca cresceu no jogo e, simultaneamente, começou a expor-se no setor defensivo e isso foi letal. Numa triangulação, na esquerda, entre Quenda e Harder, a bola foi entregue a Trincão, no coração da área, que, aos 74 minutos, não se fez rogado e rematou para o 2-2.

O avançar do cronómetro aumentava a tensão no relvado. O Sporting jogava em ataque continuado e o Arouca em contra-ataque, em ações divididas, mas que raramente chegavam com grande perigo à zona de finalização.

Até que, já em tempo de compensação, o Sporting, que estreou o jovem Alexandre Brito, aos 85 minutos, foi com tudo. Harder, aos 90+1, de calcanhar, rematou ao lado e depois foi Gyökeres a falhar o alvo. Do lado do Arouca, Jason, aos 90+4, permitiu a Rui Silva redimir-se do golo na própria baliza, ao defender o remate do espanhol e manter o 2-2.