Desporto/Liga Portugal: VITÓRIA DO PORTO EM FARO EMOCIONALMENTE LIGADA À MORTE DE  PINTO DA COSTA

O FC Porto alcançou hoje o primeiro triunfo em 2025 na I Liga de futebol, ao bater fora o Farense, por 1-0, com golo solitário de Francisco Moura, um dia depois da morte de Pinto da Costa.

O tento do lateral esquerdo, aos 48 minutos, decidiu o encontro da 22ª jornada do campeonato, disputado no Estádio Algarve, ‘casa’ escolhida pelos algarvios para receberem os três ‘grandes’, sob forte carga emocional para os portistas, que homenagearam o seu antigo presidente durante mais de quatro décadas (1982-2024), que morreu no sábado aos 87 anos, e puseram fim a um ciclo negativo de cinco partidas sem vencer na prova.

O FC Porto continua na terceira posição, com 46 pontos, a seis do líder Sporting, e agravou a crise do Farense, que viu Zé Carlos ser expulso aos 90+9 minutos e ocupa o 17.º e penúltimo lugar, com 15 pontos, depois da quarta derrota consecutiva, numa sequência de sete partidas sem vencer na I Liga.

Com o jogo no Algarve entre as duas partidas do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, frente à Roma, Martín Anselmi optou por trocar mais de meia equipa nos portistas, face ao empate caseiro (1-1) de quinta-feira com os italianos, dando a titularidade a Zé Pedro, Pepê, André Franco, Fábio Vieira, Danny Namaso e Deniz Gül.

O ‘3-4-1-2’ escolhido pelo treinador argentino mostrava Pepê a ocupar o flanco direito e, de forma mais arrojada, um meio-campo com Fábio Vieira e André Franco e sem um jogador de características mais defensivas, enquanto Mora atuava nas ‘costas’ do duo de ataque.

Já no Farense, Tozé Marreco manteve o habitual ‘3-4-3’ e fez três alterações em relação ao ‘onze’ derrotado em casa pelo Nacional (0-2) na jornada anterior, inserindo Pastor, Artur Jorge e o avançado Yusupha, reforço de janeiro que se estreou a titular.

Os minutos iniciais deram o mote para um FC Porto a tentar assumir a posse de bola, com os médios habilitados a participar bem cedo na fase de construção, tentando encontrar o imaginativo Mora e os dianteiros mais à frente, onde Deniz Gül ‘batalhava’ pelos duelos, na maioria das vezes sem sucesso.

Os ‘dragões’ até criaram o primeiro lance de perigo, aos sete minutos, numa iniciativa individual de Fábio Vieira pela direita, ultrapassando dois adversários antes de ser travado pelo corte de Miguel Menino quando preparava a finalização.

Mas a equipa algarvia soube proteger os caminhos da sua baliza e preencheu bem os espaços, sem se remeter a um bloco baixo, o que contribuiu para um certo equilíbrio na partida com o passar dos minutos.

Aliás, depois de uma ameaça de Paulo Victor, aos 14 minutos, até pertenceu ao Farense a melhor ocasião até ao intervalo, aos 33, quando Marco Matias centrou para a ‘bicicleta’ de Yusupha, com a bola a passar perto da barra, apenas com resposta de Fábio Vieira, que atirou para fora já nos descontos (45+2).

De bola parada, o FC Porto desbloqueou o ‘nulo’ logo no reatamento (48 minutos), com Francisco Moura a responder ao primeiro poste, com um toque subtil de cabeça, a um livre batido da direita por Fábio Vieira.

O golo tranquilizou os forasteiros, que foram controlando a partida, perante um Farense que ficou mais ansioso e demorou a incomodar o último reduto ‘azul e branco’, com Anselmi a refrescar a sua equipa pouco depois dos 60 minutos.

Em contra-ataque, pouco depois de um livre de Rony Lopes à figura de Diogo Costa, o FC Porto esteve perto do 2-0, aos 72 minutos, num remate de Fábio Vieira ao poste que Rodrigo Mora, com a baliza vazia, não soube aproveitar com uma recarga para fora.

A equipa portista também pode agradecer a Diogo Costa, que, aos 83 minutos, com uma defesa por instinto, negou com o braço direito o golo do empate, após cabeceamento de Cláudio Falcão, no único lance claro de perigo para os anfitriões na segunda metade.

As duas equipas, já com as substituições completas, acabaram a partida com 10 jogadores, após a expulsão de Zé Carlos, nos descontos, devido a uma entrada muito dura sobre Vasco Sousa, que teve de sair de maca.

Mario Rufino
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