Reino Unido: 5 MESES DE GREVES FERROVIÁRIAS VÃO CUSTAR AO SECTOR DA HOTELARIA MIL MILHÕES DE LIBRAS

As greves dos caminhos-de-ferro, que começaram hoje, deverão custar mil milhões de libras ao sector hoteleiro do Reino Unido. Os gestores de comboios da Avanti West Coast, que fazem parte do sindicato RMT, farão greve todos os domingos até 25 de maio por causa dos turnos de descanso. Esta ação surge na sequência do anúncio de Mick Lynch se reformar como secretário-geral do RMT ao fim de quatro anos.

O sector da hotelaria, já a sofrer perdas de 6 mil milhões de libras devido às greves dos últimos anos, enfrenta outro golpe. A Night Time Industries Association (NTIA) alertou para o impacto financeiro, com o diretor executivo Michael Kill a criticar a inação dos trabalhistas e a apelar a uma liderança urgente. A diretora da UKHospitality, Kate Nicholls, fez eco das preocupações, afirmando que as greves irão agravar os desafios para as empresas durante uma época difícil.

A Avanti, propriedade do FirstGroup e da Trenitalia, corre o risco de ser nacionalizada devido ao seu fraco desempenho na linha principal da costa ocidental. O litígio gira em torno da remuneração suplementar dos gestores que trabalham nos dias de descanso. A Avanti oferece 300 libras, enquanto os gestores substitutos ganham 500 libras por turno.

Durante as greves, a Avanti irá operar serviços limitados: um comboio por hora entre Londres Euston e cidades-chave como Birmingham, Manchester e Liverpool. Outras zonas, incluindo o Norte de Gales, Blackpool e Edimburgo, não terão comboios Avanti. Os passageiros são aconselhados a evitar viajar ao domingo.

O RMT defende que as greves são necessárias para pressionar a administração a conseguir condições mais justas. Um porta-voz do Ministério dos Transportes pediu a ambas as partes a resolverem o litígio, salientando o empenho do Governo na reforma dos caminhos-de-ferro e na redução da dependência do trabalho em dias de descanso para melhorar a fiabilidade.

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