Reino Unido: STARMER ENTALADO POR 3 MILHÕES DE ASSINATURAS DE UMA PETIÇÃO EM MOÇÃO QUE PEDE A REPETIÇÃO DAS ELEIÇÕES

Keir Starmer e o Partido Trabalhista estão a enfrentar uma pressão crescente à medida que uma petição viral, exigindo eleições gerais antecipadas, ganha força, particularmente em regiões junto aos centros da agricultura britânica. A petição reuniu mais de 2,9 milhões de assinaturas e está agendada para ser debatida por políticos a 6 de janeiro, criando uma dor de cabeça política para Starmer no meio de uma reação adversa à proposta de reforma do imposto sobre as sucessões, que visa as explorações agrícolas avaliadas em mais de 1 milhão de libras.

Os agricultores, indignados com o imposto de 20% sobre os bens agrícolas, organizaram um grande protesto em Londres, a 19 de novembro, e está prevista outra manifestação de maior dimensão para 11 de dezembro.

Liz Webster, fundadora da campanha “Save British Farming”, sublinhou a escalada de raiva entre os agricultores, afirmando que estes sentem que Starmer não tem mandato para impor tais medidas.

Uma análise, efectuada pela televisão GB News, revelou uma correlação preocupante para Starmer: os condados com o maior número de signatários da petição são também os que têm a maior concentração de explorações agrícolas. Shropshire, por exemplo, com mais de 3.700 explorações agrícolas que cobrem 81% das terras do condado, viu 30.515 eleitores assinarem a petição. Norfolk, uma região agrícola fundamental com cerca de 3 500 explorações agrícolas, conta com 53 633 signatários. Cambridgeshire, que alberga 2 800 explorações agrícolas, reuniu 31 852 assinaturas.

Outros bastiões da agricultura, como Lincolnshire, Devon e Suffolk, também demonstram um apoio significativo à petição. Lincolnshire, que alberga cerca de 5 500 explorações agrícolas, conta com 44 408 signatários, enquanto Devon, com 9 000 explorações agrícolas, conta com 51 536 assinaturas. Suffolk, conhecida pelas suas culturas arvenses, conta com 37 015 signatários das suas 3 900 explorações agrícolas.

A convergência da dissidência política e das queixas agrícolas está a intensificar os desafios para Starmer, sinalizando a potencial turbulência que se avizinha para os trabalhistas nos círculos eleitorais rurais.

No entanto, ontem, Starmer dizia que este tipo de petições não são vinculativas, nem têm de ser discutidas no Parlamento e que apenas confirmavam que havia “muitos milhões de eleitores que não são trabalhistas”.

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