Comunidades: PORTUGAL POSITIVO VEIO DO LUXEMBURGO ATÉ LONDRES COM A MENSAGEM E DIVULGAÇÃO DA DIÁSPORA PORTUGUESA NA EUROPA

Realizou-se, este fim-de-semana, a conferência do Portugal + (positivo), em Londres, organizada pelo jornal online Bom Dia, com sede no Luxemburgo e direcionado à diáspora portuguesa na Europa e não só.

A migração de profissionais de saúde, as várias faces dos serviços de saúde na Europa, a nova emigração, a diáspora, a cultura e o voto eletrónico foram alguns dos temas que foram discutidos na conferência Portugal+ em Londres. 

No programa do evento, designado por Portugal Positivo, estavam constituídos vários painéis de discussão sobre a Diáspora e cultura, os novos emigrantes portugueses, a língua portuguesa, a participação política dos emigrantes e a migração dos profissionais de saúde. 

“Queremos falar da nova emigração portuguesa, qualificada, dos talentos que se vão perdendo, e Londres é um grande destino de médicos e enfermeiros portugueses”, afirmou à Agência Lusa o fundador do projeto e diretor do jornal, Raúl Reis. Ele próprio e Ivandro Soares Monteiro fizeram, respetivamente, a apresentação e a condução dos trabalhos.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma intervenção gravada na abertura, tal como o antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, a que se seguiu o Cônsul-geral de Portugal em Londres, Manuel Grainha do Vale.

Manuel Graínha do Vale, José Dias Fernandes (Chega), Paulo Pisco (PS) e Ivandro Soares Monteiro

Os deputados José Dias Fernandes (Chega) e Paulo Pisco (PS) deram depois a sua visão geral do estado da emigração portuguesa na Europa. Sara Madruga da Costa, adjunta do gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, explicou o trabalho efetuado pela SECP nos últimos sete meses de governação e anunciou que se aproxima a decisão de aumentar para 10 anos a validade do passaporte português.

Em seguida, interviu o presidente da Câmara de Castro de Aire, que sublinhou o interesse em dar apoio a emigrantes, no regresso a Portugal, assim como ao desenvolvimento de investimento na área. Depois, talvez um dos momentos mais altos do evento, Jorge Madeira Mendes, tradutor oficial de profissão, falou sobre os ‘quebras-cabeças’ utilizados para conduzir, hoje em dia, o diálogo comercial, que já não se trata de puro anglicismo, mas a substituição do português por palavras ou termos em inglês. A seu ver, considera o “maior assalto” à língua portuguesa dos últimos anos, a que deu exemplos.

Ana Ferreira e Sara Madruga da Costa da SECP e Paulo Almeida, presidente da Câmara de Castro de Aire

No final, a encerrar a sessão, foi a vez de outra adjunta do SECP, Ana Ferreira, reconhecer a boa condução dos trabalhos e reconhecer que leva na “bagagem” algumas sugestões e ideias. Reconhece que há muito a fazer na sua secretaria de estado, mas lembra e salienta o apoio ao crescimento de mão de obra nos Consulados e o aumento das ações das Permanências Consulares, que trazem os serviços consulares á proximidade dos centros de grande densidade de emigrantes portugueses fora de Londres e Manchester.

Logo em seguida, a música tomou de assalto o tema da conferência e foi a vez de Serena Kaos dedilhar o piano, acompanhada por viola, e cantar temas da sua autoria. O momento para recordar…

Esta é a sexta edição deste evento anual, que antes se realizou em França, Luxemburgo, Suíça, Bélgica, Alemanha e Madeira, e que pretende “colocar pessoas em contacto, servir como ponto de encontro e de informação” e também como uma “pequena câmara de comércio”, disse o fundador do projeto. 

Raul Reis, do jornal BOM DIA

Desde o início, em 2019, uma dúzia de projetos e negócios foram realizados graças ao Portugal Positivo, revelou, nomeadamente um estudo que vai ser publicado resultante de uma colaboração entre um consultor e um professor universitário se conheceram numa das conferências.

“Achamos que existe uma grande divisão entre Portugal e a sua diáspora. Tem melhorado, mas ainda existe. Ao trazer de Portugal políticos, empresários e artistas, achamos que vamos ajudar a mudar essa percepção”, argumentou. 

O jornal Bom Dia começou em 2001 no Luxemburgo, mas na última década alargou-se à Bélgica, França, Alemanha, Suíça e Reino Unido, países europeus com comunidades portuguesas de maior dimensão. 

Serena Kaos, durante a actuação no Portugal Positivo

“O fio condutor é insistir nas notícias positivas sobre portugueses da diáspora e Portugal em geral, como quando um investigador ganha um prémio ou filme português ganha um festival”, explicou Reis. 

Estes casos de sucesso e histórias são classificados no jornal com uma etiqueta PortugalPositivo, que já agrega milhares de notícias e que, segundo o diretor do jornal, estão habitualmente entre as mais lidas.

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