A empresa de tecnologia digital francesa Vusion, sediada nos subúrbios de Paris, espera introduzir etiquetas de preços digitais em 1.000 lojas no Reino Unido e na Irlanda até ao final deste ano.

Para isso, já estabeleceu uma parceria com a Walmart – o maior retalhista de supermercados dos EUA – e está a introduzir etiquetas de preços digitais em 2300 das suas lojas.

A Vusion está em conversações com todos os grandes retalhistas no Reino Unido. A Marks & Spencer já está a testar a tecnologia em seis das suas lojas, com planos para uma implantação mais alargada.

Os retalhistas afirmam que a digitalização das etiquetas de preços permite que o pessoal seja mais eficiente e se concentre noutras tarefas em vez de atualizar os preços nas prateleiras. Além disso, é mais ecológica, pois reduz o desperdício de papel e permite que as lojas controlem melhor os níveis de stock.

No entanto, foram manifestadas preocupações quanto à possibilidade de “aumento dos preços”, facilitada assim que os produtos tiverem mais procura. Outro inconveniente, do ponto de vista do comprador, é o facto de ser mais difícil identificar os artigos a preço reduzido sem a etiqueta amarela bem visível. Não saberiam dizer quais os artigos cujos preços foram reduzidos durante o dia, porque a etiqueta digital mudaria automaticamente.

Esta empresa tecnológica Vusion, segundo Thierry Gadou, diretor executivo, diz “estar em conversações com a maioria das marcas. Até ao final de 2026, a maioria das marcas estará a praticar preços digitais. As outras ficarão para trás. Estamos a chegar a um ponto de viragem no Reino Unido”.