A Diretora dos Serviços Secretos dos EUA, Kimberly Cheatle, enfrentou um intenso questionário por parte dos legisladores políticos devido à recente tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump. Tanto democratas como republicanos criticaram Cheatle pela sua gestão do incidente, com vários a pedir a sua demissão.

Durante uma audiência acalorada no Congresso, Cheatle foi questionada sobre a falha em prevenir o ataque perpetrado por Thomas Crooks, de 20 anos. Os legisladores ficaram particularmente frustrados com a recusa de Cheatle em responder se fora negado a Trumpo um esquema de proteção maior ou se a diversidade e inclusão foram priorizadas durante as contratações.

Cheatle admitiu que os agentes foram alertados várias vezes sobre uma “pessoa suspeita” antes de Trump subir ao palco. Apesar de assumir “total responsabilidade” pela falha de segurança, ela afirmou que ainda era a pessoa mais adequada para liderar a agência.

A Representante Nancy Mace, Republicano de South Carolina., acusou Cheatle de desonestidade e incompetência, criticando-a por não fornecer declarações iniciais com antecedência. O democrata Ro Khanna, D-Calif., concordou, instando Cheatle a demitir-se. O Presidente do Comité de Inteligência da Câmara dos Representantes, Mike Turner, também a acusou de incompetência.

Cheatle evitou frequentemente respostas diretas, citando a investigação em curso. Ela indicou que a agência forneceria respostas dentro de 60 dias, resposta que uniu legisladores de ambos os partidos na frustração. A audiência viu um raro acordo bipartidário, com os Representantes Alexandria Ocasio-Cortez, D-N.Y., e Andy Biggs, R-Ariz., expressando desapontamento comum.

O Presidente Comer lembrou Cheatle da sua obrigação de responder a perguntas sob intimação, enquanto outros legisladores expressaram a insatisfação com as suas respostas. O Representante Byron Donalds, R-Fla., comparou a evasão de Cheatle ao comportamento dos seus filhos quando estão em apuros, e o Representante Jared Moskowitz, D-Fla., pressionou-a sobre cenários hipotéticos.

A audiência revelou que o atirador foi identificado como suspeito várias vezes antes do ataque. O Representante Tim Burchett, R-Tenn., e a Representante Anna Paulina Luna, R-Fla., foram particularmente críticos, com Luna sugerindo acusações de perjúrio contra Cheatle e expressando preocupação pela segurança do Congresso sob a sua liderança.