As novas orientações definidas pelo governo trabalhista do Reino Unido, liderado por Keir Starmer, refletem um plano abrangente destinado a abordar várias áreas fundamentais: estabilidade económica, cuidados de saúde, segurança das fronteiras, energia, criminalidade e educação.

Os trabalhistas planeiam restaurar a estabilidade económica com regras rigorosas em matéria de despesas e um limite máximo de 25% para o imposto sobre as empresas. Isto inclui uma nova estratégia industrial destinada a promover o investimento e o crescimento a longo prazo.

Para aliviar a pressão do Serviço Nacional de Saúde (NHS), os trabalhistas tencionam reduzir os tempos de espera, acrescentando 40.000 consultas semanais a serem efetuadas à noite e ao fim de semana. Esta iniciativa será financiada através da repressão à evasão fiscal e do fim dos benefícios fiscais concedidos aos não residentes.

No que diz respeito à migração, vinda das travessias ilegais do Canal da Mancha,  sserá criado um novo Comando de Segurança das Fronteiras, que tem por objetivo reforçar os esforços e combate contra os grupos criminosos e melhorar as capacidades de luta contra o terrorismo. Para o efeito, serão contratados centenas de novos investigadores especializados.

No que diz respeito à energia, os trabalhistas propõem a criação da ‘Great British Energy’, uma empresa pública destinada a aumentar a produção de energia limpa e a reduzir a fatura energética. Esta iniciativa será financiada através de um novo  imposto sobre as empresas de petróleo e gás.

Para combater o crime, segurança pública e os comportamentos anti-sociais, os trabalhistas vão aumentar o número de polícias de bairro e introduzir penas mais duras para os infratores. O plano inclui também a criação de uma rede de centros de juventude para proporcionar atividades positivas e apoio aos jovens.

Na educação, o Partido Trabalhista pretende recrutar 6.500 novos professores em disciplinas-chave, financiados pelo fim dos benefícios fiscais para as escolas privadas. Esta medida faz parte de uma estratégia mais alargada para melhorar os resultados educativos e preparar os estudantes para os desafios futuros.

Outro plano do Partido Trabalhista é tornar o trabalho compensador. O partido tem como objetivo implementar um verdadeiro salário digno, proibir a exploração dos contratos de zero horas e acabar com práticas como despedir e voltar a contratar. Também tenciona reforçar os direitos sindicais e atualizar a legislação sindical para refletir as realidade económica moderna.

No que diz respeito às infraestruturas e habitação, os trabalhistas planeiam reformar as regras de planeamento para facilitar a construção de infraestruturas essenciais, incluindo caminhos-de-ferro, estradas, laboratórios e 1,5 milhões de casas. Uma nova estratégia de infra-estruturas a 10 anos apoiará estes esforços.

Estas novas diretrizes representam o compromisso do Partido Trabalhista com uma década de renovação nacional, enfrentando desafios a longo prazo e visando o crescimento sustentado e a estabilidade. As iniciativas refletem o enfoque do partido na melhoria da vida dos trabalhadores e na garantia de uma sociedade mais justa e equitativa.